Estivemos falando sobre os 5 passos para uma aula de narração bem-sucedida e hoje queremos continuar essa série. Até agora discutimos a importância de selecionar um bom livro vivo. A seleção de livros pode construir ou destruir o sucesso do seu filho na narração. Também enfatizamos a importância de olhar para frente e para trás antes de começar a ler para ajudar seu filho a se orientar e preparar sua mente para absorver o que você está prestes a compartilhar.
Infelizmente, na cabeça de muitos pais, uma aula de narração tem apenas duas etapas: ler e narrar. E fim. Mas para ter uma aula de narração bem-sucedida – uma em que a mente do seu filho abrace e aprecie ideias vivas para crescer – você precisa de todos os cinco passos:
- Escolher um bom livro vivo.
- Olhar para frente e para trás.
- Ler a passagem.
- Recontar a passagem.
- Discutir ideias.
Hoje vamos dar uma olhada no Passo 3. É hora de ler.
Leia a passagem
A beleza do método de Charlotte Mason de usar livros vivos é que nos alivia do fardo de sermos a fonte de todo o conhecimento. Não temos a responsabilidade de dizer aos nossos filhos tudo o que eles precisam saber sobre qualquer assunto em questão. Podemos deixar que as grandes mentes de grandes homens e mulheres façam isso. (E ouso dizer que eles farão um trabalho melhor do que nós.) Tudo o que temos a fazer é ler suas ideias nos livros que selecionamos. Podemos permitir que o livro seja o professor. É uma filosofia brilhante!
Nossa preocupação, então, é com o qual: qual o tamanho e qual a frequência. Qual o tamanho de uma passagem que lemos? E com qual frequência lemos?
O quanto lemos depende um pouco do aluno. Se ele está apenas começando com todo esse método de narração, lemos um pouco. Se ele é experiente, podemos ler uma parte mais longa. As fábulas de Esopo são uma ótima opção para começar com um iniciante. Elas contêm uma história inteira em apenas um ou dois parágrafos. À medida que o aluno ganha experiência e proficiência em ouvir e narrar, a extensão da passagem pode ser aumentada gradualmente até que ele esteja lendo e narrando um capítulo inteiro.
Mas não se deixe levar. Mesmo que um aluno possa narrar uma longa passagem, não sinta que precisa continuar ultrapassando os limites. Ele provavelmente se beneficiará mais de uma passagem de extensão moderada sobre a qual possa refletir do que de uma passagem de extensão épica que o bombardeia com muitas ideias. Na dúvida, uma passagem muito curta é melhor do que uma passagem muito longa.
Agora, para o segundo qual — com qual frequência lemos a passagem? — a resposta é definitiva: uma vez. Todos nós temos a tendência muito humana de não prestar atenção total se soubermos que podemos ter outra chance de ouvir ou ler as informações. Mas tal tendência é o oposto do hábito da atenção. E o hábito da atenção é o melhor amigo do professor. Você se tornará muito mais realizado e se divertirá muito fazendo isso, se cultivar o hábito da atenção plena tanto em si mesmo quanto em seus filhos. Ler a passagem apenas uma vez antes de exigir uma narração cuidadosa pode ser um poderoso motivador para desenvolver esse hábito!
Esta é outra razão pela qual tomamos o cuidado de não ler muito; quanto mais longa a passagem, mais difícil é dar-lhe toda a atenção. Portanto, tome cuidado para não frustrar seus alunos em seus esforços para desenvolver o hábito da atenção. Longas passagens, lidas uma vez, são para aqueles experientes e proficientes no método Charlotte Mason. Passagens mais curtas, lidas uma vez, são sua ferramenta para chegar lá.
Se você quiser ler mais sobre como cultivar o hábito da atenção, este artigo sobre como o hábito da atenção se relaciona com a vontade de uma criança (será traduzido) pode ser útil. Se você está lutando com interrupções perpétuas das crianças enquanto está lendo uma passagem, você pode gostar do artigo relacionando e divagando (será traduzido).
Originalmente publicado por simplycharlottemason.com. Traduzido e usado com permissão.
