Ar livre, Charlotte Mason, Educação domiciliar nos primeiros anos

Livros e histórias nos primeiros anos – Educação Domiciliar nos anos pré-escolares – Parte 5

Meus filhos sempre amaram um bom livro. Lembro-me de quando meus dois primeiros eram pequenos, tínhamos dois horários de leitura reservados a cada dia. Eles vinham correndo para o sofá com os braços cheios de seus livros escolhidos – muitas vezes de seus favoritos – e líamos… e líamos… e líamos. Logo tive que começar a ajustar o cronômetro para vinte minutos, só para não ficar sem a voz.

(A propósito, uma pilha de livros é uma ótima oportunidade para introduzir o conceito de “ordem alfabética”. Em vez de brigar sobre qual livro deveria ser lido primeiro, eu os ajudava a organizar a pilha em ordem alfabética de acordo com o título, depois ajustava o cronômetro e lia até quando pudéssemos.)

Hoje em dia, somos inundados com todo o tipo de livros infantis na biblioteca, na livraria local, na Internet, através de clubes especiais etc. Algumas pessoas pensam que qualquer livro é bom, desde que a criança aprenda a gostar de livros. Mas Charlotte Mason se opôs a essa filosofia. Seus padrões para livros infantis – até mesmo livros para pré-escolares – eram altos.

Aqui estão alguns dos pensamentos de Charlotte sobre a escolha de livros e histórias para os primeiros anos.

  • Certifique-se de selecionar bons livros, não livros bobos.
    Eles devem crescer com os melhores livros. Nunca deve haver um período em suas vidas em que eles tenham permissão para ler ou ouvir bobagens ou leitura diluída” (Vol. 2, p. 263). Bons livros apresentam ideias nobres, corretas e amorosas em uma bela linguagem. Livros bobocas subestimam a criança e assumem que ela não consegue entender muita coisa. Se você ler mais sobre o que são bons livros e o que são livros bobos, terá uma ótima ideia de que tipos de livros evitar.
  • Você pode precisar solicitar que nenhum livro seja dado como presente para seu filho.
    Embora Charlotte não tivesse filhos, ela entendia a situação embaraçosa que ocorre em muitas famílias quando os parentes dão aos filhos livros que não atendem aos padrões dos pais. Se você enfrenta essa luta, “talvez uma forma impressa de que presentes de livros para as crianças não sejam bem-vindos em tal família, ajudaria muito nesse esforço” (Vol. 2, p. 263).
  • Tente selecionar livros que alimentem a imaginação do seu filho.
    As crianças devem ter a alegria de viver em terras distantes, em outras pessoas, em outros tempos – uma deliciosa existência dupla; e essa alegria elas encontrarão, em grande parte, em seus livros de histórias” (Vol. 1, p. 153)
  • Prepare um repertório de boas histórias para contar.
    Charlotte também encorajou os pais a prepararem cerca de uma dúzia de “belas histórias contadas de maneira bela” (Vol. 5, p. 216). Contar histórias tem várias vantagens, sendo que a principal delas é que a mãe se torna aquela que alimenta a mente da criança diretamente. Ao ler um livro, a mãe é simplesmente a intermediária entre as ideias do autor e a criança. Contar uma história, sem um livro na mão, permite que você olhe nos olhos de seu filho e observe seu deleite enquanto a história se desenrola. Isso fornece momentos preciosos que permanecerão com seus filhos, e ainda podem fixar-se como memórias de infância e tradições familiares.

Nunca é cedo ou tarde demais para começar a construir seu repertório de belas histórias e sua biblioteca familiar de “bons livros, livros ​​notáveis e bem escritos” (The Story of Charlotte Mason, p. 5).

Originalmente publicado por simplycharlottemason.com. Traduzido e usado com permissão.

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