Muitas pessoas já nos questionaram sobre o que fazer com crianças de até 2 anos. Quais atividades oferecer? Quais apostilas comprar? É necessário ter um horário formal de atividades/estudo diário?
O que diz o Método Charlotte Mason a esse respeito?
Como sabemos, Charlotte não defendia o estudo formal antes dos 6 anos de idade. Adicionalmente a isso, ela se posicionava criticamente aos chamados “jardins de infância” e, em relação às crianças pequenas, enfatizava sempre a importância das brincadeiras ao ar livre, do tempo na natureza e do contato constante com a mãe.
Em suas palavras, “o esforço do bebê em seus primeiros dois anos de vida é o mais pesado que ele conhecerá”. De fato, as habilidades que essas pequenas pessoas adquirem naturalmente em seus primeiros anos de vida são tão clamorosas e complexas que demandam toda a sua atenção e energia. Acrescentar a esse esforço ainda mais trabalho seria sobrecarregar a criança a ponto de tornar enfadonhas as descobertas de sua mais tenra infância.
Eis então aquilo que deveria ser o centro da vida dos bebês: o amor daqueles que estão próximos a ele, especialmente o de sua mãe, e o apoio e incentivo ao seu desenvolvimento natural, por meio da oferta de um ambiente saudável, do conhecimento da natureza criada por Deus e da formação de bons hábitos, sem nenhuma necessidade de formalidades ou apostilas.
“Os dois juntos [a mãe e o bebê] desfrutam de excelentes brincadeiras. Ele pula e puxa, grita e ri, rasteja e chuta e gorgoleja de alegria; e, no meio de toda essa brincadeira, a mãe ensina o que ele não pode fazer. […] Tudo é brincadeira sem intenção, e a mãe fica tão contente quanto ele nesta atividade.” Charlotte Mason
Assim, na naturalidade do dia a dia com sua mãe e sua família, o bebê aprenderá aquilo que será a base de sua educação formal futura. Aprenderá que existe certo e errado e que sua família o ama e fornece a ele um ambiente seguro para se expressar e crescer e começará a formar bons hábitos e a familiarizar-se com a beleza da criação divina.
Como tem sido a experiência dessa primeira infância em seu lar?
