“Então, onde devemos nos encontrar?”
Eu estava marcando um almoço com uma amiga e estávamos tentando responder a uma das perguntas mais difíceis que podem ser feitas a duas ou mais pessoas: onde você quer comer?
Eu tinha visto uma pizzaria recentemente que parecia promissora, então sugeri. Tivemos um vencedor! Até que ela me perguntou onde era a pizzaria.
Eu tinha uma ideia geral de qual era o caminho e arquivei mentalmente em “Entre minha casa e a igreja”, mas não consegui obter muito mais detalhes do que isso.
Felizmente, ela pôde inserir o nome do restaurante em seu aplicativo de GPS, que disse a ela o que eu não conseguia dizer.
Não é engraçado como pensamos que sabemos algo até que alguém nos pede para explicar os detalhes? À medida que nos atrapalhamos com as palavras certas e voltamos e nos corrigimos algumas vezes, percebemos como nosso “conhecimento” realmente é deficiente.
Charlotte Mason acertou em cheio quando disse:
“O que uma criança ou um adulto é capaz de contar, podemos ter a certeza de que ele sabe, e se ele não pode contar, ele não sabe” (Vol. 6, pp. 172, 173).
Se você deseja realmente saber algo, certifique-se de poder explicá-lo a alguém com suas próprias palavras.
Ferramenta nº 2: conte com suas próprias palavras
Recontar algo com suas próprias palavras é uma ótima maneira de se autoeducar. Muitos de nós usamos essa técnica quando estamos recontando conversas ou relatando a um amigo sobre uma postagem de blog que lemos ou um filme que vimos recentemente. Você pode usar o mesmo método para ajudá-lo a se lembrar de qualquer coisa que esteja tentando aprender.
“Essa arte de narrar é Educação e é muito enriquecedora. Todos nós a praticamos, repassamos em nossas mentes os pontos de uma conversa, uma palestra, um sermão, um artigo, e somos feitos de tal forma que apenas aquelas ideias e argumentos que repassamos somos capazes de reter” (Vol. 6, p. 292).
No método de Charlotte Mason, contar algo é chamado de narração. O aluno usa frequentemente a narração, porque é poderosa e porque lhe dá prática para se educar.
A narração é uma ferramenta tão poderosa que você pode utilizá-la com qualquer um dos seus sentidos. Não importa se você lê um livro , ouve música, olha uma pintura, cheira um pedaço de couro, segura um sapo ou prova uma nova receita. Preste muita atenção, lembre-se do que você experimentou e tente colocá-lo em suas próprias palavras em detalhes. Quanto melhor você puder fazer isso, melhor poderá se autoeducar.
E uma vez que você se sinta confortável em narrar por meio das palavras, você pode variar e narrar de outras maneiras. Você pode reproduzir o que aprendeu falando, escrevendo, por meio da arte, música ou teatro.
A chave é voltar todo o olhar da mente para o material e absorvê-lo com a intenção de torná-lo seu, de realmente conhecer. Em seguida, expresse esse conhecimento com suas próprias palavras, acrescentando um pouco de si mesmo à sua reprodução.
“O conhecimento não é assimilado até que seja reproduzido” (Vol. 6, p. 155).
Quando você pode contar tudo sobre o material, é quando você percebe que assimilou o conhecimento. Ele tornou-se uma parte de você.
Então você se autoeducou.
Originalmente publicado por simplycharlottemason.com. Traduzido e usado com permissão.