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Estudo da Natureza em poucas palavras

Charlotte Manson encorajava que saíssemos toda semana para ter contato com a natureza. Os benefícios do ar livre e tudo mais parecem ótimos, mas às vezes há confusão sobre o que fazer quando se sai pela porta. Como afinal deve ser o estudo da natureza?

Aqui está uma descrição adorável que Charlotte deu no livro “School Education” (Educação Escolar, ainda não traduzido no Brasil):

“Em uma tarde da semana, as crianças (da Escola Prática) fazem um ‘passeio pela natureza’ com seus professores. Elas observam por si mesmas, e o professor fornece nomes ou outras informações conforme é solicitado, e é surpreendente o leque de conhecimentos que uma criança de nove ou dez anos de idade adquire. Os professores têm o cuidado de não fazer dessas caminhadas na natureza uma oportunidade de instrução científica, pois desejamos que a atenção das crianças seja dada à observação com muito pouca direção. Desta forma, eles armazenam aquele estoque de “informações comuns” que Huxley considerava que deveriam preceder o ensino das ciências; e, o que é muito mais importante, eles aprendem a conhecer e se deleitar com elementos naturais, como com os rostos familiares dos amigos. O passeio pela natureza não deve ser a ocasião para transmitir uma espécie de miscelânea de informações científicas. O estudo da ciência deve ser realizado em uma sequência ordenada, o que não é possível ou desejável em uma caminhada. Parece-me uma condição sine qua non de uma educação viva que todas as crianças da escola, qualquer que seja a série, passem uma metade do dia na semana, durante todo o ano, nos campos. Existem poucas cidades onde o interior de algum tipo não é acessível, e cada criança deveria ter a oportunidade de assistir, de semana a semana, à mudança das estações do ano.
“Geografia, geologia, o curso do sol, o comportamento das nuvens, os sinais meteorológicos, tudo o que o ‘céu aberto’ tem a oferecer, é aproveitado nestes passeios; mas tudo é acidental, fácil, e as coisas são notadas à medida que ocorrem. É provável que na maioria das vizinhanças haja naturalistas que estejam dispostos a dar sua ajuda nas ‘caminhadas na natureza’ de uma determinada escola”.

A partir dessa passagem, vamos desenhar alguns princípios-chave para ajudar a orientar seu estudo da natureza.

Agora, você deve ter notado que Charlotte promoveu o estudo da natureza em um ambiente rural. Faz sentido que haja mais natureza a ser observada no campo do que na cidade, mas isso não quer dizer que não se possa estudar a natureza vivendo-se em uma cidade. Ainda há muitas oportunidades para encontrar elementos naturais que você pode “aprender a conhecer e se deliciar“.

Você poderia:

A natureza está ao nosso redor. Só temos que fazer uma pausa e olhar intencionalmente para nos beneficiarmos dela.

 

Originalmente publicado por simplycharlottemason.com. Traduzido e usado com permissão.