“Qual é a diferença entre o Método Charlotte Mason e o currículo tradicional que tenho usado?” No fim de semana passado, em convenção de educadores domiciliares, ouvimos essa pergunta várias vezes. É uma ótima pergunta.
Nesta série estamos discutindo como Charlotte Mason difere de outros quatro métodos de educação domiciliar.
Só para ter certeza de que estamos todos na mesma página, vamos definir o que queremos dizer com tradicional. Um currículo tradicional (ou escolarizado) utiliza livros didáticos e apostilas, em sua maior parte, para fornecer fatos. E geralmente utiliza perguntas diretas para avaliar a retenção desses fatos. As perguntas diretas são geralmente de preenchimento de lacunas, verdadeiro ou falso, múltipla escolha ou resposta curta.
Se você quiser saber diretamente como os métodos são diferentes, o Método Charlotte Mason usa livros vivos em vez de livros didáticos e narração em vez de perguntas diretas.
POR QUE CHARLOTTE MASON USOU LIVROS VIVOS E NARRAÇÃO?
Vamos olhar um pouco mais fundo. Quando iniciamos esta série, mencionamos três questões-chave que podem nos ajudar a determinar as diferenças entre as filosofias educacionais. Então, vamos perguntar por que Charlotte Mason usou livros vivos e narração em vez de livros didáticos e perguntas diretas. A resposta está em como ela definiu a educação.
- Livros vivos em vez de livros didáticos:Charlotte acreditava que a educação é “uma vida” – que deveríamos nutrir a mente da criança com ideias, e não apenas com fatos secos. Por isso ela utilizou livros que tocavam a imaginação e as emoções, que davam vida ao assunto para o aluno.“Um livro pode ser longo ou curto, antigo ou novo, fácil ou difícil, escrito por um grande homem ou não, e ainda assim ser o livro vivo que chega à mente de um jovem leitor ”(Vol. 3, p. 228).
- Narração em vez de perguntas diretas:Charlotte também definiu a educação como “a ciência das relações”. Ela queria que os filhos estabelecessem relações com Deus, com a humanidade e com o universo ao seu redor. Ao pedir às crianças que recontassem com suas próprias palavras e com suas próprias opiniões e personalidade envolvidas (narrar), ela as convidava a compartilhar as relações que haviam formado. E formar relações pessoais é um conceito completamente diferente de relembrar informações que outra pessoa lhe diz ser necessária.“Não se pode dizer com demasiada frequência que informação não é educação. Você pode responder a uma pergunta de exame sobre a posição das Seychelles e das Ilhas Comores sem ter sido de forma alguma nutrido pelo fato de esses grupos de ilhas existirem em tais e quais latitudes e longitudes; mas se você seguir as aventuras de viajante em um livro vivo os nomes iniciam aquela pequena agitação mental que indica a recepção do conhecimento real” (Vol. 3, p. 169).
Bem, esperamos que esta breve comparação tenha ajudado você a considerar quais métodos de ensino em casa funcionam melhor para sua família. Sinta-se à vontade para deixar comentários ou perguntas e tentaremos respondê-los à medida que continuarmos esta série nas próximas semanas.
Originalmente publicado por simplycharlottemason.com. Traduzido e usado com permissão.